sábado, 4 de abril de 2009

Hoje (parte 2 de ABRO OS OLHOS)

Ao abrir as pálpebras, as coisas mudaram.
Os lugares, os momentos, tudo foi apagado.
Quero respirar o ar que se escapa do tempo
que me invade em um suspiro de qualquer momento
As lembranças me fazem danos e convivem comigo
Por mais que sinta falta, nao se rende ao esquecimento

Hoje minha vida muda e eu nao mudo com ela
eu fique atrapalhada e agora cumpro minha condena
Ja nem em sonhos tenho calma, nao batem as vontades
O passado me atrapalha e ja nao existirá o amanhã

Talvez esse mundo que um dia vimos nao existiu
com o tempo vai se apagando o coração
Hoje as fadas ficam mortas sobre aquele asfalto
Minha alma mais que nunca me reclama que faltou

Minhas forças se rendem aqui sentada sem saida
Dizer que a verdade existente é apenas outra mentira
Que motivo há pra acreditar que tudo passa?
Que o sofrer do coração algum dia acabará
Sao tantas caídas e jamais perdi a conta
Passavam os dias e tudo vai de câmera lenta

Vai sangrando sonhos ao dilatar a pupila
se escapam promessas e ilusoes de minha vida
as caricias fazem eco esta noite em minha cama
e na ausencia do carinho nao existem as fadas

E lembro daquela menina e sua terna infância
nao pensava em nada tudo parecia magia
Dançava aquele valse dessa canção e lembrava
melodia que ao perder se foi como nao lembrava

Hoje o arco iris so se ver branco e negro
o que um dia tivemos vê que se perde com o tempo
Os segredos hoje se leva como agua no mar
vou crescendo passe a tudo mas, o que mais dá?

Os dias amanhecem sempre ainda que eu fique quieta
nada depende de mim, nem que eu o queira
A chuva me molha e se mistura com minhas lagrimas
Em meu coração ficou marcado aquele adeus.

Me olho no espelho para ver se ali me encontro
Ver que estou mudando mas sigo igual por dentro
Tenho medo do tempo que consume meus dias
marcando em meu corpo os segundos de minha vida

Ficarei sentada para ver se passam pessoas
nao foi minha virtude e preferi ficar sozinha
Ja sofri bastante e me sinto abandonada
se me busca onde estive nao encontrara nada

Ponto morto nos sentidos vivos que se escapam
a um mundo de letras que nao disseram nada

Hoje minha vida muda e eu nao mudo com ela
eu fique atrapalhada e agora cumpro minha condena
Ja nem em sonhos tenho calma, nao batem as vontades
O passado me atrapalha e ja nao existirá o amanhã
Talvez esse mundo que um dia vimos nao existiu
com o tempo vai se apagando o coração

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